Acreditar no sucesso de desenvolvedores de tecnologia envolve pensar nos mais diversos pilares de desenvolvimento, dentre eles a Liderança.
E foi com esse propósito que a Revelo Community Brasil realizou no dia 23/11, o CTO EXperience, um evento que convida líderes de tecnologia para trocar experiências sobre o mundo tech e inovação.
Nesta edição, recebemos a presença de grandes líderes de Startups, como Thiago Lima (CEO da Kadabra School), Rafael Timbó (CTO na Revelo Brasil) e Felipe Bonezi (Head de Tech e Produto na Justa), que juntos trouxeram insights interessantes sobre como reduzir o cenário de turnover nas empresas de tecnologia.
Confira neste artigo sobre os principais insights deste painel incrível, além de depoimentos de líderes de tecnologia que estavam no evento e que são também clientes da Revelo:
O que causa e como evitar Turnover Tech?
O painel começou com a pergunta de um milhão de reais: o que causa o turnover tech e como evitá-lo?
Neste cenário de forma geral vemos que a falta de uma cultura de feedback, evolução de carreira, falta de desafios técnicos, falta de liderança técnica, senso de pertencimento e ganhos de dólares foram os principais motivos de evasão dos profissionais de tecnologia.
Dentro disso, cada palestrante trouxe uma solução com base no que é aplicado em sua empresa. Felipe Bonezi citou que na Justa investem muito nessa cultura prezando o crescimento do colaborador e aplicando um Plano de Desenvolvimento Individual (PDI), afinal, assim como ele mesmo tinha a ambição de crescimento, com certeza o colaborador dele também vai ter.
Já Rafael Timbó, contou que na Revelo, é a escada de carreira que possibilita a todos crescerem, o que reduziu bastante o turnover, além de ter dado maior visibilidade em quem está pronto para um desafio técnico.
Thiago Lima da Kadabra, por sua vez, acredita em um investimento no processo por completo do plano de carreira, selecionando corretamente por meio de análise técnicos e de fit cultural, um onboarding bem aplicado e por fim um plano de formação contínua, onde vai aplicar o PDI também. Um feedback bem estruturado e até mesmo outras ferramentas ajudam a medir a saúde deste profissional e evitam que alguma etapa se perca.
Sobre o cenário de lay offs x turnover
Neste cenário, todos concordam que o mercado passou por um momento de grandes oportunidades onde devido ao fácil acesso a investimentos, as oportunidades para os desenvolvedores se tornaram inúmeras o que fez com que ocorresse uma migração constante de empregos em busca de salários maiores.
No entanto, essa redução dos investimentos e venture capitals, fez com que essa “festa” diminuísse um pouco, acompanhando a situação atual do mercado. De acordo com Thiago Lima: “Vai sobreviver quem tem musculatura de verdade, é uma seleção natural dos sistemas de startups. Assim como vai ter uma seleção natural dos bons desenvolvedores. Esses layoffs, é duro dizer isso, não é um total, mas não são de pessoas estratégicas da empresa.” e completa “Isso é um reflexo do que está acontecendo no mercado.”
Para Rafael Timbó: “A situação vai ficar flat por um tempo até regular a inflação, mas depois pode ser que volte a subir”. De forma geral, acredita que ainda exista muita escassez de profissionais, principalmente os bons, já que são eles que ficam.
Felipe Bonezi já acredita que o mercado vai se autorregularizar e que essa sequência é normal, já que vemos a cada dia novos entrantes na área de tecnologia, principalmente com foco em desenvolvimento.
Quais são os requisitos técnicos e senioridade necessários dos profissionais?
Neste ponto, Thiago Lima diz que tudo depende muito do perfil das empresas. Uma empresa de tecnologia tem um requisito muito maior, empresas que usam tecnologia como meio tem uma necessidade de entrega, mas não uma prioridade. Por fim, as grandes empresas acabam tendo um requisito técnico muito maior, mas estão em processo de digitalização e o TI não é estratégico, o que acaba prejudicando. Completa dizendo: “O engraçado dessas grandes empresas é que o CTO acaba tendo soft skills maiores que hard skills”.
Para Timbó, por vezes as empresas precisam também “descer a régua” para também ter acesso aos desenvolvedores, pegando juniores e plenos com o intuito de criar cultura e fazer com que eles cresçam com a empresa. Afinal é bem difícil distinguir essas senioridades.
Felipe e Thiago completam dizendo que o sénior até é fácil de definir, mas o restante se mistura muito. Mas esse profissional é um dos mais difíceis de contratar, principalmente para startups onde muitas vezes para o profissional é uma aposta.
Thiago ainda trouxe a visão da estratégia aplicada na empresa dele, onde entenderam que seria mais interessante formar o desenvolvedor do que investir tempo, esforço e budget na busca por um sênior.
Soft skills é importante? Como aplicar?
Felipe começou respondendo, dizendo que na Justa, escolhem com pessoas que interagem e criam de forma coletiva. Acredita que isso faz com que possam treinar outras e descentralizar as estratégias de pessoas para empresas.
Timbó valoriza a importância das soft skills e afirma que na Revelo a soft skill prevalente é a capacidade de colaboração, até por ser uma empresa remota.
Por fim, Thiago disse que na Kadabra a ambição é uma habilidade muito importante, considerando pessoas que pensam a frente, mas que sabem a lógica de como chegar até lá.
Um pouco sobre o Evento CTO Experience
Rodando o evento, ouvimos alguns comentários dos presentes, palestrantes e patrocinadores.
Fernando Gonçalves Co-Founder e CEO da Bliss Saúde, um dos patrocinadores nos disse o seguinte: “A experiência foi incrível, com uma troca entre profissionais da área, conhecendo esses CTOs e entendendo o que está como prioridade e o que está na cabeça deles”. Ele ainda completa dizendo: “Fez muito sentido o patrocínio, pois sabemos que a Revelo é líder no recrutamento e seleção de talentos de software, a gente é uma empresa focada em tecnologia e times descentralizados e é muito bom estar ao lado da Revelo e aprender com ela. E recomendamos já que também somos clientes”.
Quando conversamos com o Renaldo Cavalcante – Head de Tecnologia – da G4 Educação, ele destacou: “Achei o evento incrível, pois em breve vamos ter que investir em um time de tecnologia e estamos nos preparando. Os insights de desafios, falar mais de 1:1 e sobre como manter a equipe motivada foi muito bacana”. Ainda completa comentando um pouco sobre as tendências para 2023: “Estamos direcionados para tecnologia IA – principalmente para geração de conteúdo – onde é possível gerar conteúdo de forma artificial sem intervenção humana, mas nada estruturado ainda”. Sobre a Revelo, disse que já era cliente na empresa onde era sócio, e quando entrou na G4 trouxe o serviço: “Gosto da Revelo, pois ela tem um catálogo de Devs que é bom e facilita bastante o processo de hunting, que é a parte mais onerosa do processo de recrutamento”.
Por fim, falamos com um dos palestrantes, o Felipe Bonezi – Head de Tecnologia da Justa – que comentou ter sido melhor do que ele esperava, além de ter ficado surpreso com a quantidade de pessoas interagindo, o que mostrou um alto nível. Para ele, turnover é algo muito relevante de se discutir, pois não quer perder candidatos. Fora isso, acrescentou sobre o serviço da Revelo: “Conheço, claro! Vocês são referência, espero que eu vire cliente!”.
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