Pensando em se tornar um desenvolvedor de software?
Por ser focada em programação, essa carreira é apontada como uma das mais promissoras para os próximos anos e tem uma remuneração acima da média do mercado.
Mas a trajetória até se tornar um desenvolvedor de software reconhecido exige perseverança de quem se propõe a ganhar a vida programando.
É por isso que uma boa preparação pode fazer a diferença antes de aderir à profissão.
Neste artigo, você vai entender quais são as principais decisões a serem tomadas para seguir essa profissão e terá uma prévia dos desafios que enfrentará ao longo da carreira.
Desenvolvedor de software: mercado em expansão
O desenvolvedor de software é o profissional que lidera o ranking das 100 melhores profissões da U.S. News & World Report em 2018.
Os critérios incluem alta remuneração, equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, oportunidade de crescimento e potencial de expansão da área.
O principal motivo elencado pela plataforma foi a onipresença do desenvolvedor de software por trás de absolutamente tudo que se refere à tecnologia – do despertador do smartphone até o home banking da sua instituição financeira favorita.
Não por acaso, a inserção desses profissionais no mercado de trabalho só tende a aumentar.
De acordo com estimativa do The Bureau of Labor Statistics (Secretaria de Estatísticas Trabalhistas dos Estados Unidos), a oferta de vagas destinadas a desenvolvedores de software deve crescer pelo menos 30% até 2026, muito acima do esperado para outras carreiras.
Desafios para o desenvolvedor de software
Uma das explicações para a profissão de desenvolvedor de software ser tão promissora está na sua especificidade: é preciso saber programar.
Durante a sua vida escolar, você provavelmente não teve acesso a linguagens de programação, mas deve ter passado boas horas analisando as regras gramaticais e decorando o verbo to be, não é mesmo?
A escassez de conhecimento a respeito de como funciona um site, como se desenvolve um aplicativo e como se corrigem problemas em bancos de dados, redes e softwares está na raiz da valorização desses profissionais pelo mercado.
Mas a demanda superior à oferta não vai garantir que você tenha uma carreira de sucesso como desenvolvedor de software.
Para isso, será necessário tomar algumas decisões e superar diversos desafios. Confira:
1. Dominar a linguagem
O primeiro passo para se tornar um desenvolvedor de software é aprender a lógica de programação e, em seguida, conhecer a fundo uma linguagem.
Para aprender isso, há cursos de graduação como Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Sistemas da Informação, Engenharia da Computação ou Ciências da Computação.
Mas há também muitos cursos técnicos e até programas de aprendizado dentro das empresas, que recrutam talentos e os ensinam a programar conforme necessidades específicas dos clientes.
2. Ter visão do todo
É um desafio e tanto conhecer pelo menos um pouco das tecnologias que cercam um desenvolvedor de software, como banco de dados, sistema de testes, redes, sistemas operacionais, frontend e back-end, etc.
Isso é importante porque aumenta sua capacidade de comunicação com outras áreas e o transforma em um profissional mais versátil – e valioso.
3. Ser especialista
Não basta conhecer um pouco de tudo, é preciso se aprofundar e se tornar especialista em alguma linguagem de programação.
As opções mais populares são as voltadas a smartphones, como Android e iOS, e as que permitem desenvolver softwares em geral, propondo soluções mais abrangentes, como Java, Ruby, Node.js, Python, C#, PHP e C++.
A opção pela linguagem mais apropriada vai depender do seu objetivo na carreira, das suas aptidões como programador e da evolução das tecnologias, o que nos leva ao próximo tópico.
4. Manter-se atualizado
Poucas profissões exigem nível tão alto de atualização do profissional quanto a de desenvolvedor de software.
Há profissionais especialistas em linguagens ultrapassadas, que podem se tornar obsoletas nos próximos anos, como o COBOL.
Para eles, não há alternativa: é necessário aprender outra linguagem, sob pena de se tornar um desenvolvedor menos útil ao mercado.
Há outros exemplos: em cursos de cinco ou seis anos, a linguagem que o estudante aprende no início da graduação pode estar ultrapassada quando ele se formar.
Por tudo isso, a constante atualização é um desafio permanente na profissão.
5. Interagir com o cliente
Não pense que o fato de trabalhar com códigos em frente a um computador faz do desenvolvedor de software uma profissão solitária ou distante do produto final.
Para alcançar os melhores resultados e aperfeiçoar as soluções oferecidas, o diálogo com o cliente é rotineiro.
E aí entra mais um desafio: interpretar a necessidade do cliente e propor a solução de melhor custo-benefício.
6. Viver em constante adaptação
Em um universo de atualização constante como a tecnologia, a vida do programador também é impactada.
Projetos começam e são encerrados em questão de semanas.
Startups surgem, cumprem o seu propósito e deixam de existir.
A demanda de trabalho varia, as equipes mudam, a estrutura se transforma.
Profissionais freelancers ainda encontram uma dificuldade extra, atuando ora em coworkings, ora em home office e ora na sede da empresa.
7. Alcançar a fluência no segundo idioma
Para o desenvolvedor de software, a língua-mãe é o inglês. Quanto mais aprofundado se torna o seu conhecimento, menos recursos estarão disponíveis em português, das features do sistema até o próprio código de programação.
Além disso, para encontrar soluções para problemas específicos, a alternativa mais popular são os fóruns de tecnologia, que reúnem programadores de todos os continentes.
E o idioma comum, você já sabe, é o inglês.
Salários dos desenvolvedores de software
Nos Estados Unidos, o Labor Department (Ministério do Trabalho) aponta que os desenvolvedores de software receberam, em média, US$ 100.080 em 2016, o que significa um salário mensal superior a US$ 8.300.
No Brasil, conforme pesquisa de salários de tecnologia conduzida pela Revelo, a função mais bem remunerada é a dos desenvolvedores de software.
Esses profissionais lideram o ranking recebendo R$ 6,4 mil mensais em média.
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