Mercado de tecnologia: entrevista com Juliana Onofrio, engenheira de software

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Leia a entrevista com a engenheira de software Juliana Onofrio, da Zup Innovation, e entenda mais sobre os desafios do mercado de tecnologia. Confira!

1. Como foi sua formação na área de tecnologia e como descobriu sua vocação para trabalhar nessa área?

Eu tinha pessoas muito próximas dessa área, como engenheiros de software, e comecei a ajudá-los em relação à faculdade. Foi quando eles perceberam que eu era boa em entender o que estavam falando sobre tecnologia. 

Começaram a falar que eu deveria seguir essa área, mas eu não estava enxergando isso. Em seguida, comecei a pesquisar, e vi que poderia ter mais oportunidades do que, por exemplo, na área de direito.  

Em seguida, ingressei na faculdade de Análise de Desenvolvimento de Sistemas, realizei três bootcamps até adentrar na área. Até que foi bem rápido, já que eu me empenhei muito e demorei só seis meses para fazer a minha transição de área.

2. Quais desafios enfrentou no início da sua carreira?

O maior desafio era que como eu não tinha uma base na computação, foi desafiador entender a parte de infraestrutura.

Como eu não tinha muito conhecimento nessa área de computação, que eu adquiri justamente na faculdade e nos bootcamps, não era natural para mim. Pois, eu vinha da área de humanas, sou administradora e advogada.

Então, eu não entendia exatamente o que eu estava fazendo, quando eu fazia o sistema ficava tentando entender o que estava acontecendo, então foi o maior desafio para mim.

3. O que poderia ser feito para a inclusão de mais profissionais mulheres na área de tecnologia?

Penso que o incentivo deve acontecer desde a época da escola. Eu vejo que existe muito incentivo para as faculdades tradicionais, como direito, medicina e engenharia, mas não tem muito incentivo para a área de tecnologia.

Eu mesma fui para a área de direito, e acredito que muitas outras mulheres acabam não tendo muito conhecimento dessa área.

4. O que mais te motiva a trabalhar na área de TI?

É que cada dia é diferente do outro. Basicamente, em qualquer outra profissão ou hobby que eu já tive, às vezes chega uma hora que você começa a se sentir um pouco estagnado, as coisas se tornam repetitivas. 

Além disso, a complexidade, pois às vezes são coisas muito difíceis. Quando você consegue criar uma solução, traz mais satisfação do que as outras, por conta da complexidade.

5. Quais são as linguagens de programação que você prefere e por quê?

No meu caso sou fã de Java e prefiro essa linguagem por que o foco principal deve ser resolver o problema do cliente.

Sou fã de Java também por que acredito que conseguimos resolver a maioria dos problemas e entregar valor para o cliente, pois tem muitas características que agregam alto valor. Além disso, é uma das linguagens mais utilizadas nas grandes empresas.

6. Quais os pontos fortes que as mulheres podem trazer para a área de TI?

Cada indivíduo é único e as pessoas podem trazer soluções diferentes. As mulheres têm visões que os homens não tem tanto, por exemplo, às vezes fazer várias coisas, ver a vida de outro modo, ser mais emotiva.

Eu vejo que não somente as mulheres, mas todas as pessoas podem trazer coisas diferentes para a tecnologia e, por isso, sou a favor de times diversos.

7. Quais conselhos você daria para as mulheres que estão começando na área de tecnologia?

Para não desistir, só não consegue quem desiste. Para persistir sempre, terão dias difíceis, complicados, principalmente para quem vem de transição de carreira, que é muito sobre coragem. 

Para você conseguir fazer algo basta ir até o final, desenvolva sua parte de soft skills que é muito importante, tenha resiliência, foco, que uma hora você consegue e no final vai valer muito a pena.

8. Quais conselhos você daria para empresas que desejam levar mais diversidade para a área de tecnologia?

O conselho que eu daria seria ouvir as pessoas realmente dessas áreas, por que não adianta você tentar trazer diversidade, ouvindo pessoas que não são diversas. Penso que dar voz para pessoas diversas é justamente para elas terem inserção desse público.

9. Qual seria uma mensagem de incentivo para as mulheres que desejam trabalhar com TI?

Às vezes, as mulheres estão em situações muito complexas, como relacionamentos abusivos ou dependência financeira, a tecnologia é uma carreira que pode dar segurança que a mulher precisa e fornecer o valor que ela precisa em relação a isso.

O mercado de tecnologia pode abrir muitas portas para as mulheres, por ser uma área mais competitiva do que outras.

A mensagem de incentivo seria que basta começar, que elas conseguem. Não só eu, mas muitas outras mulheres conseguiram, e se inspirando nessas mulheres com foco e dedicação vão conseguir também.

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