Entenda o que é produtividade tóxica e como evitá-la

Este artigo sobre Produtividade tóxica foi produzido pela equipe da Vitalk, empresa de benefícios de saúde mental. Confira!

Durante a pandemia da Covid-19, uma parcela de pessoas continuou trabalhando de casa, no regime de home office.

Esse modo de trabalho garantiu que uma parte importante da economia continuasse funcionando e que milhões de brasileiros pudessem trabalhar de maneira segura, usando ferramentas remotas.

Além disso, diversas empresas relataram que seus funcionários produziram mais. Até mesmo os executivos disseram que gostariam de continuar trabalhando em casa.

Aliás, o novo modelo de trabalho agradou tanto que 94% delas disseram estar muito satisfeitas com os resultados. Alguns permitirão que os funcionários escolham quantos dias querem trabalhar de casa. 

Embora possa ser vantajoso para empresas e colaboradores, o trabalho remoto tornou mais visível um problema anterior à pandemia: a produtividade tóxica.

Ela não nasceu em 2020, mas ficou evidente a partir do momento em que milhões de pessoas passaram a trabalhar em casa, de maneira remota e virtual. E o que é isso?

Produtividade tóxica é um termo coloquial para denominar um excesso de preocupação e dedicação ao trabalho. É uma maneira de trabalhar que busca otimizar o tempo em detrimento da saúde mental do colaborador (e de suas horas de descanso). 

A produtividade tóxica faz parte de um fenômeno social mais amplo, chamado pelo filósofo Byung Chul-Han de “sociedade do cansaço”. No livro de mesmo nome, Chul-Han define a época em que vivemos hoje como uma época em que sofremos de “violência neuronal”.

No livro, o autor argumenta os motivos pelos quais só vemos aumentar os casos de doenças como depressão, déficit de atenção com síndrome de hiperatividade, transtorno de personalidade limítrofe, e a conhecida síndrome de burnout.

E por que chegamos a tal ponto? Porque vivemos em um mundo em que somos cobrados por desempenho.

Chul-Han diz que nos tornamos “empresários” de nós mesmos. Tudo o que fazemos, seja por trabalho ou diversão, obedece a uma lógica de produtividade. Cada atividade em nosso dia deve servir à eficiência. Nosso tempo não pode ser “desperdiçado”.

O que é produtividade tóxica?

Uma das definições possíveis de produtividade tóxica é: obsessão com o auto-aperfeiçoamento acima de tudo. Não importa o quanto o indivíduo tenha conseguido fazer, nunca é o suficiente. 

A produtividade tóxica se manifesta no sentimento de que sempre devemos estar fazendo algo. Mesmo que tenhamos terminado todas as tarefas, há a sensação de que todo o nosso tempo precisa estar a serviço do trabalho. É muito comum que a culpa apareça caso não estejamos sempre fazendo algo. 

Uma pesquisa mostrou que 56% das pessoas encontram muita dificuldade ou dificuldade moderada para equilibrar as atividades profissionais e pessoais.

Esse número foi maior ainda para pessoas com 25 anos ou menos: 82,6%. Se antes da pandemia, por conta de smartphones e laptops, as fronteiras entre tempo livre e trabalho já estavam borradas, o home office agravou o problema. 

As incertezas trazidas pela COVID-19 podem ter ajudado esse cenário a se ampliar, de acordo com especialistas. É impossível controlar o que acontece no mundo e isso causa um sentimento de impotência.

Dedicar-se a tarefas domésticas ou a projetos de trabalho dá a impressão de estar no controle de algo, e isso ajuda a explicar o excesso de trabalho nos tempos atuais. 

Como a produtividade pode ser prejudicial?

Superficialmente, pode até parecer que ser produtivo o tempo todo é algo bom. Afinal, se você está sempre cumprindo tarefas, isso quer dizer que você leva seu trabalho a sério, que está sendo útil e está resolvendo problemas.

Na realidade, a produtividade tóxica é extremamente prejudicial (como o próprio nome sugere). 

O cérebro não foi feito para receber estímulos de maneira indefinida. Ele precisa de períodos de descanso depois de períodos de intensa atividade. Quando não damos esse intervalo, corremos o risco de sobrecarregá-lo.

E isso tem consequências sérias. Segundo especialistas, a produtividade tóxica pode causar burnout ou até depressão. 

Resumindo, quando insistimos em trabalhar sob essas condições, não estamos sendo produtivos. O que de fato fazemos é reagir ao estresse, tentando sobreviver ao dia a dia.

Com o corpo em alerta e o cérebro sobrecarregado, é praticamente impossível entregar um trabalho de boa qualidade. 

Por isso, a produtividade tóxica é tão perigosa. Ela cria a ilusão para nós e os outros de que estamos dedicados ao trabalho de maneira focada. No entanto, os resultados dificilmente serão de qualidade. Mesmo que sejam, eles têm um custo alto: a saúde mental e física dos indivíduos. 

Sinais de produtividade tóxica

  1. Excesso de culpa em relação ao trabalho;

  2. Você sempre pensa que deveria estar fazendo algo;

  3. Você troca atividades de lazer pelo trabalho;

  4. Você está o tempo todo ligado no celular e no computador, trabalhando;

  5. Exaustão excessiva;

  6. Seu dia de trabalho se estende com frequência;

  7. Você trabalha quase todos os finais de semana.

O você pode fazer para evitar a produtividade tóxica

  • Assim que terminar um projeto ou tarefa complexa, dê a si mesmo um intervalo para descansar a mente.

  • Para não se sobrecarregar, pratique dizer “não”; a prioridade dos outros não necessariamente é sua;

  • Tenha consciência de que seu chefe quer que você entregue as tarefas, não importa quanto tempo tenha se dedicado e elas;

  • Crie uma rotina que inclua coisas prazerosas, como ler, assistir televisão, cozinhar e outras coisas que deem prazer;
  • Faça exercícios físicos com regularidade, de acordo com seus gostos e possibilidades. Atividades físicas ajudam diminuir o estresse;

  • Cuide do seu sono: durma e acorde sempre no mesmo horário; durma o suficiente para acordar descansado;

  • Tente não responder a mensagens fora do horário de trabalho;

  • Cuidado com a tecnologia, embora ela facilite as tarefas, também pode ser um problema;

  • Não use seu tempo livre para resolver questões de trabalho, por mais fácil que seja;

  • Desligue as notificações relativas ao trabalho nos seus dispositivos. Em alguns aparelhos, é possível criar períodos de silêncio, nos quais você não é interrompido por avisos indevidos;

  • Conscientize-se de que nem todas as tarefas terão resultados imediatos, algumas coisas levam tempo para se concretizar;

  • Não se compare com colegas e outras pessoas, pois o espírito de competição pode ser saudável, mas também pode levar à produtividade tóxica;

  • Dificilmente será possível fazer tudo o que você quer e tudo bem. É preciso cumprir os prazos, é claro, mas Roma não foi construída em um dia;

  • Procure não se identificar excessivamente com o trabalho, tenha consciência de que sua vida não se limita ao aspecto profissional;

  • Reflita: você está trabalhando em excesso por necessidade ou por conta apenas de pressões internas e externas? 

Ser produtivo é algo muito bom para a empresa e os colaboradores. Mas devemos estar sempre atentos para não exigir demais das pessoas, para que não entrem numa espiral de produtividade tóxica.

Além de esgotar o corpo e a mente dos funcionários, ela pode ter impactos negativos a longo prazo.

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