A inteligência emocional no ambiente de trabalho pode fazer a diferença no seu perfil profissional.
Cada vez mais, os recrutadores buscam candidatos com excelentes habilidades de comunicação e percepção, que saibam lidar com sentimentos — seus e dos outros.
Para os líderes ou aspirantes à liderança, controlar e gerenciar emoções é uma competência imprescindível, que salta aos olhos do RH no processo seletivo.
Então, será que a sua inteligência emocional é suficiente para se destacar no mercado?
Descubra nos próximos tópicos e aproveite as dicas para a sua carreira.
O que é a inteligência emocional no ambiente de trabalho
Inteligência emocional é a capacidade de reconhecer, avaliar e influenciar seus próprios sentimentos e os dos outros.
O conceito foi popularizado pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer, que publicaram a obra introdutória Emotional Intelligence (Dude Publishing, 2004) na década de 1990.
De acordo com os autores, a definição mais precisa é:
“A capacidade de monitorar seus próprios sentimentos e emoções e também os dos outros, discriminá-los e usar essas informações para guiar o pensamento e ações alheias.”
Além disso, a inteligência emocional se baseia em quatro habilidades essenciais:
- Perceber as emoções: identificar sentimentos a partir de falas, expressões e gestos
- Usar as emoções: utilizar informações emocionais para raciocinar e comunicar com mais facilidade
- Entender as emoções: captar variações emocionais com precisão
- Gerenciar as emoções: tomar o controle das emoções e sentimentos próprios e alheios para conduzir a situação ao objetivo desejado.
Outro autor proeminente no tema é o jornalista científico Daniel Goleman, que categorizou a inteligência emocional em cinco habilidades:
- Autoconhecimento emocional: reconhecer as próprias emoções e sentimentos
- Controle emocional: lidar com os próprios sentimentos
- Automotivação: dirigir as emoções a serviço de objetivos pessoais
- Reconhecimento de emoções em outras pessoas: capacidade empática
- Habilidade em relacionamentos interpessoais: uso de competências sociais para influenciar e interagir com outras pessoas.
Basicamente, é a descrição de um perfil de liderança no mundo dos negócios atual, que tem como base inspirar, conduzir e motivar pessoas.
Logo, no ambiente de trabalho, a inteligência emocional é muito mais efetiva como métrica de competência do que os famosos testes de QI, por exemplo.
Isso porque é mais fácil identificar os bons profissionais — e bons líderes — pelos traços de personalidade do que por uma pontuação de habilidades cognitivas, que nem sempre fazem jus à complexidade dos talentos.
Por isso, muitos profissionais de RH priorizam a avaliação da liderança pelo chamado Quociente Emocional (QE), ao invés de confiar apenas no Quociente de Inteligência (QI).
5 sinais de inteligência emocional no ambiente de trabalho
Para entender melhor o que significa ter inteligência emocional no ambiente de trabalho, que tal aprender a identificar seus sinais?
Veja se você se enxerga neles.
1. Capacidade de reconhecer os próprios erros
Um sinal claro de inteligência emocional é quando o profissional é capaz de reconhecer seus próprios erros e excessos.
Muitas vezes, essa demonstração de humildade não implica, necessariamente, em admitir uma falha — pode não ter sido tão grave —, mas sim em valorizar as relações mais do que o ego.
2. Caráter para cumprir o que promete
Outro traço essencial das pessoas emocionalmente inteligentes é que elas sempre cumprem suas promessas, mantendo-se fiéis ao que disseram.
No trabalho, são profissionais que se comprometem verdadeiramente e vão até o fim para preservar suas palavras.
3. Habilidade de mediar conflitos
Sabe aquele colega de trabalho ou líder que tem o dom de acabar com as discussões e promover um acordo entre todos da equipe?
Com certeza, essa pessoa tem um alto quociente emocional, pois consegue mediar conflitos com facilidade e chegar a uma solução satisfatória para ambos os lados.
4. Capacidade de trabalhar sob pressão
Por mais que as metas sejam desafiadoras e os prazos estejam se esgotando, o profissional com alto QE não se deixa abalar pela pressão.
Para isso, é preciso ter a capacidade de transformar sentimentos como medo e ansiedade em foco, disciplina e coragem.
5. Poder de energizar os outros
Os líderes, especialmente, se destacam quando são capazes de energizar sua equipe, aumentando os níveis de engajamento e motivação.
Para isso, é preciso uma boa dose de inteligência emocional, que torna as emoções positivas contagiantes.
Não à toa, colaboradores liderados por pessoas com alto QE têm 4 vezes mais chances de permanecer na empresa do que os que lidam com gestores menos habilidosos emocionalmente, segundo uma pesquisa da Gallup realizada em 2016.
Como adotar a inteligência emocional no ambiente de trabalho
Se você acha que pode — ou precisa — melhorar sua inteligência emocional no ambiente do trabalho, estas dicas vão ajudar bastante.
Confira o que você deve fazer para aumentar seu QE.
1. Preste atenção aos seus sentimentos
O primeiro passo para desenvolver sua inteligência emocional é investir no autoconhecimento e prestar atenção às suas emoções.
Com que frequência e em que situações você sente raiva, tristeza, felicidade e medo no trabalho, por exemplo?
Afinal, você só poderá tomar o controle das emoções se souber exatamente como lida com elas.
2. Aprenda a controlar seus impulsos
A impulsividade é o exato contrário do controle emocional, e deve ser contida a todo custo.
Como profissional, é importante que você saiba contar até três e respirar fundo antes de reagir a um feedback que considerou injusto ou responder a uma provocação de um colega tóxico.
Lembre-se: você precisa usar as emoções de forma estratégica, e não ser dominado por elas (principalmente as negativas).
3. Aprimore sua comunicação
Para colocar sua inteligência emocional em prática nas suas relações, você precisa aprimorar sua comunicação e incorporar sentimentos às palavras.
Já reparou como os grandes comunicadores trabalham com as emoções do seu público, e não somente com o racional?
Mesmo no trabalho, as pessoas continuam sendo conduzidas por sentimentos, e você terá um diferencial e tanto se souber expressá-los do jeito certo.
4. Pratique a escuta ativa
Para aprender sobre os sentimentos alheios, você precisa praticar a escuta ativa: a arte de ouvir os outros com plena atenção e se colocar no lugar deles (empatia).
Só assim você poderá criar o repertório necessário para compreender as emoções das pessoas ao redor, especialmente da sua equipe.
5. Cuide da sua saúde mental
É importante manter a saúde mental sempre em dia. Por isso, contar com a ajuda de psicólogos e terapeutas, pode ser um auxílio e tanto no desenvolvimento da sua inteligência emocional.
Você pode buscar por esses profissionais em seu plano de saúde e, caso não tenha essa benefício, contar com parceiros como o zenklub, uma plataforma que conecta pessoas a especialistas em terapia, coaching e programas de desenvolvimento.
O processo acontece 100% online, via computador ou aplicativo.
6. Faça testes
Com uma rápida busca na internet, você encontra várias opções de testes gratuitos e pagos para avaliar sua inteligência emocional.
Essa é uma ótima maneira de verificar como anda seu progresso e se preparar para os processos seletivos.
Afinal, nunca se sabe quando você será submetido a um teste de QE para conseguir aquela vaga tão desejada.
Na Revelo, a vantagem é que você não terá surpresas com os testes, que avaliam — principalmente — suas competências técnicas.
Mas, se quiser mostrar que está em dia com a inteligência emocional, é só gravar um vídeo para surpreender ainda mais os recrutadores — e aumentar suas chances de ser contratado.